Diante do belo qual artista se disporia ao riso? O riso talvez seja o melhor reflexo da fealdade humana, humor e virtude são dois lados opostos de uma mesma moeda.
Aquele que se proclama virtuoso já está insuflado pelo pecado. A virtude exige silêncio.
Para se manter íntegro não basta fazer o certo, é preciso, antes de tudo, ser omisso, se esquivar de aplausos, confrangê-lo.
Aqueles que se aproximam da beleza podem agir com prudência ou sucumbir à morte
Sem sofrimento não há prazer. Se assim não fosse onde estaria o equilíbrio do mundo?
Ser virtuoso é o mesmo que ser discreto.
Todos que se colocam sobre olhar alheio cometem pecados.
Se fingimos que a dor não existe e se esquecemos do fingimento estamos libertos.
Todos aqueles que defendem a liberdade como condição fundante de feitos artísticos, não sabem nada sobre a liberdade. Liberdade é o oposto de criação. Só criamos em cativeiro.
Baudelaire achava que o artista, ao contemplar o belo, seria tragado por uma batalha sempre perdida. Para ele a beleza causa espanto, é um algoz que lança seus prisioneiros à alcunha de fracassados.
De cicatriz em cicatriz inventamos a cura.
Os males do mundo nos impulsiona a transformá-lo. Eis a tarefa do artista.
Nem tudo que é bom é justo ou belo. Se quiser viver num mundo melhor, por favor, trate de enfeiá-lo.
Odeio antigos adágios. As gerações passadas eram tão estúpidas quanto qualquer boboca que proclama o novo.
Que diferença faz se acreditamos em deus ou se acreditamos na ciência? Prefiro acreditar no artista, este sim é um eterno mentiroso.
O ser perfeito é aquele que possui a aptidão estética nos olhos e os fundamentos éticos no coração. Mas quem inventou nossa espécie colocou tudo isso na genitália.
Se deus opera sem nenhum constrangimento, gozando de liberdade absoluta; falta-lhe um álibi para justificar o humano.
FG
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